Sim e o principal problema é que o mundo ainda associa relacionamento amoroso com manutenção econômica. É preciso acabar de vez com qualquer vínculo econômico nas ligações amorosas. Abolir a instituição do casamento e obrigar a cada adulto a prover-se a si mesmo, sem depender de ninguém. Se dois ou mais resolvem constituir um núcleo familiar monogâmico ou poligâmico, então que todos contribuam para o provimento comum de suas necessidades, sem direito a pensões e heranças de ninguém por parte de ninguém. Quanto aos filhos, pai e mãe, sejam unidos ou não, têm a responsabilidade de cuidá-los, criá-los e educá-los, e não só de mantê-los. Isto para o resto da vida. Portanto, mesmo que eles tenham outros relacionamentos paralelos ou sequenciais, não podem se eximir disto e, para tal, é bom que mantenham um relacionamento recíproco num bom nível de amistosidade e carinho, para o bem estar das crianças. Tudo isto pode ser obtido se sempre houver sinceridade e compromisso. Mas a pessoa de caráter mantém o compromisso, mesmo que o outro não mantenha. Quando digo compromisso, digo responsabilidade de cuidar do outro e ser honesto, mas não digo exclusividade amorosa. Isto não é necessário, mas é necessário que, se houver pluralidade amorosa, ela seja conhecida e consentida por todos os envolvidos. Também não digo que há responsabilidade de sustento financeiro. Cuidar não significa sustentar, mas velar pelo bem estar e pela felicidade do outro, mesmo que não se esteja mais junto.
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