Considero que eles cumprem um importante papel dentro do contexto do ateísmo, apesar de discordar de certas atitudes, como a de confundir as falhas doutrinárias das religiões com o mal comportamento de muitos religiosos. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Não é porque religiosos tenham má conduta que as religiões são erradas. Elas o são mesmo que todos os religiosos sejam santos. E se elas forem certas, elas continuam sendo, mesmo que todos os religiosos sejam corruptos e devassos. O problema é filosófico e não comportamental. De fato, as religiões são um grande mal para a humanidade porque são um engodo. São uma tapeação. Tiram a responsabilidade das pessoas em fazer prevalecer o bem e erradicar o mal em todos os aspectos, como saúde, relacionamentos, comportamento e tudo o mais e a transferem para a suposta divindade, que premiaria e castigaria na outra vida a conduta nesta. Criam uma esperança infundada no atendimento de preces e levam as pessoas a não lutar pela felicidade na Terra, esperando gozá-la no céu. Pode-se dizer que a crença religiosa seja reconfortante, mas a Filosofia é capaz de propiciar conforto maior ainda. As ações filantrópicas das religiões são louváveis, mas todas podem ser feitas sem religião nenhuma. De fato, acho que a militância ateísta, isto é, mostrar a todo mundo que não existe deus nenhum, nem céu, nem inferno, nem alma, nem vida eterna, tudo isto, seja uma obra de alto valor para levar as pessoas e a sociedade a uma conscientização da verdade e a um posicionamento ativo pelo prevalecimento do bem e erradicação do mal, por si mesmos, sem a contribuição de nenhuma pretensa divindade. Infelizmente os livros ateístas desses autores, todos já lidos por mim, não focam o aspecto principal que é a improcedência filosófica da existência de qualquer divindade. Apesar disto são uma leitura proveitosa. Mas é bom, também, ler os livros dos que defendem a existência de deuses para se ter uma visão ampla e critica da situalção.
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