sexta-feira, 4 de março de 2011

Por que a maioria dos escritores antigos ou até mesmo alguns modernos escrevem de um jeito tão prolixo e hermético?

A maioria não escreve, apenas alguns. As pessoas de hoje é que têm um vocabulário bem reduzido e não estão acostumadas a ler. Culpa da televisão e da internet, em que o linguajar é muito pobre. Escrever é uma arte, e, como arte, busca recursos e efeitos estéticos, a par do conteúdo a ser comunicado. O bom escritor, mesmo não literato, mas articulista filosófico, político, econômico, científico ou jornalistico, precisa usar o idioma como um pintor usa a tinta e o pincel e como um músico usa a pauta e as notas: Com precisão e exatidão, mas com graça, elegância, estilo, de modo a criar uma obra de valor estético elevado e não apenas uma mensagem sintética. Para não se ver em apuros, é preciso ler muito e ter sempre a mão o dicionário, como se fazia antigamente. É algo trabalhoso e nada fácil, mas extremamente compensador e gratificante, tendo em vista o descortínio de horizontes que proporciona.

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