domingo, 13 de março de 2011

Dizer que não existe vida após a morte é uma alegação de conhecimento. Bem, se fizermos tão alegação, devemos ter provas pra isso, certo?

Não! Não é preciso ter provas de que não exista vida após a morte e sim que exista. Porque não é evidente que exista. Logo a hipótese nula é a da não existência, como também é o caso em relação a Deus. Antes de tudo, é preciso conceituar o que se entende por vida e por morte. Se morte é a extinção da vida, por definição, após a morte não há vida. Mas, poderíamos estar falando de vida biológica apenas e, então a morte seria o seu cessamento. Mas poderia haver outro tipo de vida, digamos, espiritual. Para admitir isto tem-se que considerar que o seu humano (ou, mesmo, outros seres vivos) tenham uma natureza dual, parte biológica, parte espiritual. Esta não se extinguiria com a morte biológica. Ou, até mesmo, não se iniciaria com o nascimento biológico, que é o que concebe a metempsicose ou reencarnação. Isto não é evidente e não conheço provas objetivas, cabais e incontestes de que existam espíritos ou alguma alma no homem e em outros seres vivos. Mesmo porque não se sabe o que seria a "vida" de um espírito. Se ele não é físico, como teria percepção do mundo físico e como interagiria com ele? Se é algo físico, como se poderia percebê-lo? Se vida é funcionamento, vida requer energia. De que fonte o espírito se alimentaria de energia? Se é físico tem extensão, localização, pode ter movimento, possuir massa, energia, sofrer interação gravitacional, elétrica. Como verificas essas coisas e esses fatos? Admitir a existência de espíritos de de uma vida eterna é algo extremamente complicado.

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