sábado, 19 de março de 2011

Sem contar uma cousa: a apocatástase em Gregório de Nissa é uma divertida pedra no sapato dos integristas e dogmáticos.

Pois é. E a apocatástase tem muito mais afinidade com a moderna cosmologia, especialmente ao considerar a possibilidade de vários mundos e a localidade não universal do Cristo como algo próprio apenas deste planeta. Ele seria como uma espécie de avatar do Logos, mais ou menos como nas concepções hinduístas. Parece com a concepção do Big Rip, em que, no futuro, todo o Universo se esgarçará em um campo indiferenciado, sem a presença de partículas individualizadas, nem matéria nem radiação, como se supõe que tenha sido o conteúdo primevo do qual o Big Bang começou. Tirando a transcendência de Deus e colocando-o como o conteúdo do qual o Universo emergiu, a hipótese do Big Rip leva ao retorno a esse conteúdo, só que esgarçado infinitamente.

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