Não, claro que não! Mesmo que toda a humanidade hoje e sempre cresse em vida após a morte isto não é, em absoluto, evidência de que tal fato seja verdadeiro. Nenhuma crença, no que quer que seja, é evidência da verdade daquilo que se crê. Evidência é uma constatação direta, pelos sentidos, nús ou auxiliados por instrumentos, como micróscópios, telescópios, termômetros ou outros sensores. Não há evidência sensorial direta nenhuma de que uma pessoa continue a ter consciência após a morte de seu organismo e nem de que consiga estabelecer contato ou ter qualquer interação com a realidade física do mundo. Outro modo de se verificar a veracidade de qualquer coisa de que não se possua evidência direta é por uma comprovação indireta, por meio de consequências do fato a ser provado que, por um raciocínio lógico e baseado em evidências indiretas, só possa ser explicado considerando que o que se quer provar seja verdadeiro. Finalmente, o terceiro tipo de prova é a redução ao absurdo pela suposição da inveracidade do que se que provar ser verdadeiro. Tudo isto tem que ser feito com as máximas cautelas e o maior rigor. Nada de palpites a achismos, muito menos de sentimentos e impressões. Há que se ter mais rigor do que São Tomé, que acreditou vendo. Mesmo vendo, há que se duvidar, para verificar com mais cuidado.
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