Nada no Universo é necessário. Ele é inteiramente contingente, isto é, tudo poderia não existir. O Universo é casual, isto é, surgiu e se desenvolve por acaso. O que ele não é é causal, que é justamente o contrário, isto é, não possui causa. Há eventos que são efeitos de causas e outros que não. Se não se acha uma causa, pesquisa-se, pois pode haver. Se não se encontra mesmo, não se pode supor que tenha que haver. Não há necessidade de haver causa. Causa é uma relação de determinação entre eventos. Um evento pode ocorrer sem ser determinado por nenhum outro, isto é, de modo inteiramente fortuito. Muitos são assim. A noção de que causa seja uma necessidade é errônea e provém de um raciocínio indutivo, isto é, de uma generalização de casos observados. No âmbito dos intervalos de tempo e de espaço acessíveis à observação direta do homem, causa é a regra. Mas não no mundo microscópico das partículas subatômicas. Isto significa que causa não é uma necessidade. A suposição de que o Universo tenha surgido sem causa é a mais natural, pois não se consegue identificar causa nenhuma. Dizer que seja uma criação divina é uma invenção sem comprovação.
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