sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sem as punições e/ou castigos presentes nas religiões como aspecto regulador, o ateu teria em si, bases éticas mais profundas? Sendo que o seu código moral não se fundamentaria em coerção, mas em entendimento da situação?

Sim, na concepção ateísta, a ética, que faz o balizamento da moral, fundamenta-se nas noções de bem e mal, certo e errado, em relação ao comportamento pessoal face a convivência social. Será eticamente correta toda ação que propiciar a maximização do bem estar, da satisfação, enfim, da felicidade do maior número de seres e a minimização do sofrimento, do mal estar e da infelicidade. Outros critérios que permitem aferir o valor ético de uma ação é se ela pode ser erigida como norma universal e se é de tal forma que se deseje ser seu objeto. Por exemplo, roubar é eticamente errado pois não é possível se instituir o roubo como prática recomendada, pois, se todos forem ladrões, quem produziria algo para ser roubado? Como não é possível uma sociedade só de ladrões, roubar não é correto. E nem é algo de que queiramos ser vítimas. A moral, que é normativa, deve prescrever as ações de caráter ético positivo e proibir as de caráter negativo. A sociedade precisa desenvolver meios de coação para impedir ações eticamente malévolas, em benefício da coletividade, mesmo que beneficiem alguém em particular.

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