segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Quais as consequências filosóficas do ateísmo tão alardeadas pelos criacionistas seguidores de William Lane Craig?

O ateísmo não tem consequência filosófica nenhuma, porque a Filosofia, pelo menos quando seriamente abordada, não considera a hipótese da existência de deuses, do mesmo modo que a Ciência. Também não a exclui, mas não toma conhecimento do assunto. A consideração da existência de deuses não é filosófica porque não há forma nenhuma de se provar isso, e não há evidência sensorial nenhuma de que existam. Como também não se pode provar que não existam. Então a questão fica por conta da fé, que é um tipo de crença sem base em qualquer indício. Não há como viver sem crenças, que são suposições não provadas e nem evidentes, mas que se aceitam por sua grande plausibilidade e necessidade para dar consistência ao arcabouço do conhecimento. Sempre provisórias e passíveis de abandono. Isso não acontece com a existência de deuses. As ditas provas filosóficas da existência de algum deus são todas falácias insustentáveis. O capítulo da Filosofia que trata do assunto é inteiramente vazio de sentido, do mesmo modo que a Teologia, uma disciplina completamente inútil e despropositada, que já consumiu o tempo, a inteligência, o esforço e o dinheiro de muita gente, inteiramente em vão. William Lane Craig, Olavo de Carvalho e outros que seguem o criacionismo estão completamente equivocados e não fazem ciência e nem filosofia sobre isso, pois partem da hipótese, já estabelecida como verdade, de que existe algum deus, para procurar argumentos que a possam defender. Essa atitude não é digna de um pensador que, a respeito do que quer que seja, tem que agir de modo cético e livre-pensante, sem se aferrar a dogma nenhum, estando, inclusive, sempre disposto a revisão seu modo de pensar, face a evidências ou provas em contrário.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação (formspring)

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails