Ainda não. Não é fácil e, por enquanto, ainda preciso de meus livros comigo e, ao passá-los para a ong teria que dispor deles. E eu fico na biblioteca até pelas 3 da madrugada. Só se eu morasse na sede da ong. O mais difícil é arranjar uma sede sem ter dinheiro. E meus ideais anarquistas exigem que nessa ong não se mexa com dinheiro. Tudo tem que ser de graça e doado em espécie. Sem contabilidade de nada. Todo mundo trabalhando como voluntário. Não se cobrando nada por nada. O objetivo é montar uma biblioteca de acesso público, mas sem empréstimo. E salas de estudo, palestras, vídeos, música, galeria de pinturas. Com a promoção de debates sobre ateísmo, religião, filosofia, ciência, artes, cultura, política (filosoficamente), anarquismo, poliamorismo. É para difundir a atitude livre-pensadora e cética. Para abrir a mente das pessoas e questionar tudo, inclusive certos tabus, como família, democracia e outros. Questionar não é necessariamente contestar. Mas é preciso que nada seja aceito incondicionalmente. Tudo pode ser discutido. Seria um lugar de questionamento e esclarecimento. Um "templo da razão", como a capela da Sorbonne.
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