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terça-feira, 5 de junho de 2012
Acha possível viajar no tempo?
Teoricamente, sim, para o futuro. Aliás é o que está sempre ocorrendo. A questão é se é possível se avançar para o futuro mais rapidamente. Sim, desde que se esteja movendo com grande velocidade. Então, para quem ficou parado, o tempo correu normalmente, mas, para quem se moveu, ele passou mais lentamente, de modo que, ao retornar da viagem, enquanto para o viajante se passaram, digamos, um ano, para os que ficaram passaram-se, por exemplo, dez anos. Isto significa que o viajante adiantou-se nove anos em relação aos outros. Mas isto não tem volta, ou seja, não é possível retroceder-se. Tais tipos de viagem no tempo já foram constatadas experimentalmente, por exemplo, com os müons que os raios cósmicos produzem na alta atmosfera e caem no solo. O tempo próprio de viagem deles pode ser medido por sua taxa de decaimento radioativo e comparado com o tempo cinematicamente calculado pelo trajeto. Os valores estão de acordo com a equação da dilatação do tempo, de Lorentz. Viagens ao passado, contudo, só poderiam ocorrer se se encontrar uma linha de universo, isto é, uma trajetória no espaço-tempo, que seja fechada na dimensão temporal, isto é, que se encurve e volte sobre si mesma. Assim, indo-se a cada momento para o futuro, como não se pode deixar nunca de fazê-lo, consegue-se contornar a curva e voltar ao momento presente, vindo do passado. Para tal, contudo, é requerido um campo gravitacional encurvador extremamente intenso, que não permitiria a manutenção da integridade física de nenhum corpo. Isso só ocorreria com partículas subatômicas isoladas em torno de algum buraco negro.
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