terça-feira, 5 de junho de 2012

Sr:Von Ruckert qual a diferença e semelhança dos relacionamentos da sua juventude para esta juventude atual (XXI)?

A maior liberdade. O que é uma grande vantagem. Namorar sem poder fazer sexo é terrível. Outra coisa é a divisão hipócrita que havia entre moças "de família" e "vadias", com as quais se fazia sexo mas não se casava. Ora, todo mundo tem família e as ditas "de família" eram doidas para serem "vadias".Uma tremenda hipocrisia que fazia as mães preferirem que as filhas fossem sequestradas do que perdessem a virgindade antes do casamento. Ainda bem que isso acabou. Porque envolvia a perversidade da assimetria. Os rapazes eram incentivados a se relacionar com mulheres, mas as moças eram proibidas. Ora, então tinha que haver moças que se relacionavam com rapazes. Mas essas eram as "vadias". Um absurdo! Mas também não acho que se seja obrigado a transar. Trata-se de uma opção. Quem quiser ficar virgem, pode ficar, sem problema, mesmo sendo homem. Isso não significa menor masculinidade, em absoluto. Além desse preconceito da virgindade, outro que foi, felizmente, abolido, é o contra as relações homossexuais. Não sinto a mínima vontade de acariciar nem transar com outro homem, mas, quem assim sentir, que se realize normalmente, sem condenação e nem chacota. Homens e mulheres. Há um preconceito, contudo, que ainda não foi abolido. É o da pluralidade amorosa aberta e consentida. Não vejo problema nenhum, desde que os envolvidos estejam de acordo. Isso tem que ser aceito pela sociedade com toda a tranquilidade, isto é, o homem que tiver mais de uma mulher ou a mulher que tiver mais de um homem, têm que poder frequentar a sociedade em conjunto de modo completamente aceito como normal. Mesmo a juventude ainda não admite que o namorado tenha outra namorada ou que a namorada tenha outro namorado. Todos cientes e amigos. Isso ainda é considerado imoral. Mas a moral tem que mudar, pois não é anti-ético e é um fator de libertação de muito sofrimento e de aumento da felicidade. A questão maior a se livrar é a de considerar o parceiro como uma espécie de "propriedade". Ninguém é dono de ninguém. Outra coisa que tem que acabar é vincular as relações amorosas ao aspecto econômico. Todo adulto tem que prover-se a si mesmo e não depender de relacionamento nenhum para sobreviver. Amor se paga apenas com o amor recíproco, da mesma forma que o prazer sexual. Quem se une a outro por razões econômicas age pior do que se tornasse uma prostituta ou um prostituto. Esses, pelo menos, são honestos.

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