quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

"A radiação de fundo do Universo, captada quando não se sintoniza canal nenhum." Tem como escrever mais sobre... achei interessante...‎ Leinadv

Quando, 380 mil anos após o Big Bang (que aconteceu a 13,8 bilhões de anos), o surgimento e aniquilação de matéria e anti-matéria cessou, porque a expansão do Universo se tornou suficientemente grande para que as partículas decaíssem antes de encontrar uma anti-partícula correspondente para se aniquilarem, houve o desacoplamento entre a matéria e a radiação, pois cada aniquilação de par produzia dois fótons. Diferentemente do que seria esperado, a matéria não desapareceu e ficou só radiação. Pelo fato de haver uma pequeníssima diferença de meia-vida entre partículas de matéria e as correspondentes da anti-matéria, ficou uma sobra de uma parte em um bilhão de matéria em relação ao total de matéria e anti-matéria, que é o que existe até hoje, nas estrelas, nebulosas, planetas e gases e poeira sideral. Aí o Universo ficou transparente, com um número de fótons um bilhão de vezes maior do que partículas de matéria. À época esses fótons eram de raios gama, mas, com a expansão do Universo, hoje são de micro-ondas. Eles estão por toda a parte e são captados pelos aparelhos de televisão, pois coincidem com a frequência de suas ondas. Quando há um sinal transmitido por algum canal, sua intensidade maior impede a percepção, como não se vê a chama de um fogão sob o Sol. Mas se não houver canal nenhum, o que se vê é um chuvisco. Esse chuvisco, e não uma tela totalmente negra, se deve à radiação de fundo do Universo, que está sendo captada pela televisão. Bonito, não é?

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