domingo, 6 de fevereiro de 2011

O ateísmo lhe permite aproveitar a vida mais do que o teísmo?

Muito mais. O teísmo cria grandes limitações à liberdade de pensar e de agir, se você for sincero em sua crença teísta e viver sua vida de acordo com ela. É que, no teísmo, há uma série de prescrições tidas por representarem a vontade da divindade, que o crente tem que seguir. Elas proíbem uma série de atos e pensamentos. Certamente que há proibições religiosas que estão de acordo com a ética humana e são válidas quer se seja teísta ou não, pois o ateísmo não livra ninguém de ser ético. Mas outras não têm significado algum se não se crê em Deus nenhum. Além do mais, o ateísmo coloca a pessoa como responsável, perante a humanidade, por sua conduta e por fazer valer o bem, a justiça e a verdade, pois não considera a existência de nenhuma instância mais alta do que a sociedade para punir o mal, a injustiça e a mentira. Tornar-se ateu é uma libertação para a mente e para o corpo. Você vive a vida sem se preocupar se está ou não agradando a Deus. Preocupa-se apenas em ser correto e bom e, assim sendo, pode aproveitar, sem culpas, dos prazeres legítimos que a vida propicia. Legítimos são os prazeres que não provocam dano, prejuízo ou sofrimento em ninguém (até na própria pessoa). A idéia é se fazer uma síntese dialética entre o epicurismo e o estoicismo. E deixa de lado uma série de superstições tolas, como a oração, a penitência, o louvor, o temor, a culpa e outras que tais. Não teme mais a morte, pois sabe que ela é, simplesmente, um sono profundo sem retorno

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