quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O que faz a matéria ser matéria? Ou seja, o que compõe a sua solidez e como a percebemos?

A matéria nem sempre é sólida. Pode ser líquida ou gasosa. A matéria é feita de átomos, que são feitos de elétrons, prótons e nêutrons, estes dois últimos feitos de quarks. Elétrons e quarks são férmions, isto é, partículas de spin semi-inteiro que obedecem a estatística de Fermi-Dirac e o Princípio de Exclusão de Pauli, que não são obedecidos pelos bósons, partículas constitutivas da radiação, que medeiam as interações. Estas podem ser criadas e destruídas, enquanto os férmions não. Essa indestrutividade da matéria (exceto quando interage com a antimatéria) e a impossibilidade de um sistema de férmions ter todos eles no nível mais baixo de energia, havendo um "nível de Fermi" em que todos estão nos mais baixos níveis possíveis, mas não no mais baixo de cada um, uma vez que a presença de um férmion em um estado impede outro de também estar nele, tudo isso faz a matéria ser "palpável", de modo diferente da radiação e dos campos. Ao se empacotar férmions nos níveis mais baixos, o princípio da exclusão não deixa que o volume se reduza muito e provoca uma
"repusão", contra as tentativas de maior empacotamento. É o que ocorre em um sólido, numa estrela "anã-branca" ou numa "estrela de nêutrons". Matéria é, pois, um conglomerado de férmions, enquanto a radiação é um conglomerado de bósons e os campos estáticos são bósons e férmions virtuais.

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