sábado, 27 de agosto de 2011

Professor, "nao matarás" se refere à matança ilícita (assassinato) e não a qualquer matança. Ou seja, é thou shalt not MURDER e não thou shalt not KILL. Em hebraico mesmo os dois verbos são diferentes. Nem todo matador é um assassino

Mas esta é justamente a questão. Haveria alguma matança lícita? Pena de morte é lícita? Guerras de conquista são lícitas? No meu entendimento só se pode matar em legítima defesa, quando não há outra opção para conter o agressor. E, em guerras, que só se legitimam quando em defesa, tudo se deve fazer para evitar matanças, como fazer prisioneiros e procurar destruir a infraestrutura de suporte bélico do agressor. É preciso entender que a vida é um bem preciosíssimo, mesmo a vida do inimigo. Não é porque alguém queira me matar ou roubar que eu devo querer matá-lo. Considerar isto é que é a verdadeira postura ética de respeito ao outro que é preciso que prevaleça em toda a humanidade. E não se pode agir de forma ética condicionando isto à ação correspondente dos outros. Há que se ser ético mesmo que ninguém mais o seja. A lei de Talião é o cúmulo da boçalidade. Portanto, mesmo que o sentido original do mandamento seja não matar apenas o amigo, ele tem que ser estendido a não matar ninguém. E mais, esse matar tem que ser entendido de forma até mais ampla como desejar o mal. Quem deseja o mal de alguém já o está matando no coração.

Ask me anything (pergunte-me o que quiser)

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