domingo, 25 de dezembro de 2011

Como se vence o egoismo, se este faz parte do ser humano, é uma de suas vertentes e estar em sua natureza, questiono-me sobre a possibilidade de chegar-se a um mundo onde o altruismo é dominante no homem?

O homem é tanto egoísta quanto altruísta. Tanto bom como mau. Para que aflore um aspecto ou o outro, o gatilho é o tipo de interação que ele tem com o ambiente. Ao encontrar acolhida, empatia, solidariedade, a tendência é que retribua da mesma forma. Ao encontrar rejeição, disputa, competição, predação, tenderá a reagir igualmente. Certamente, há exceções. Pessoas que se aproveitam da solidariedade dos outros para sugá-los e outros, que, mesmo na adversidade, mostram benemerência. É pela educação que se conseguirá, paulatinamente, reverter as tendências egoísticas e fazer prevalecer as altruísticas. Mas isso é um longo processo, da ordem de muitas gerações, ou centenas de anos. Todavia há que ser perseguido com pertinácia por todo mundo que seja de bem e deseje ver o mundo transformado num lugar pacífico, harmônico, fraterno, generoso, aprazível, sereno, confiante. É nas crianças que se forma o caráter nesse sentido. Assim o papel da escola é fundamental. Pois as crianças são capazes de mudar o modo de pensar dos pais, como acontece com as posturas ecológicas e transigentes em relação às diferenças culturais, de orientação sexual, raciais, religiosas, sociais e outras. Mas há que o poder público decida que isso seja uma política a se implantar. Que a educação não se limite à transmissão de conhecimentos e habilidades, mas à formação do caráter. Nisso a obrigatoriedade da filosofia e da sociologia já é um passo. Mas a antiga "Educação Moral e Cívica" devia ser retornada, devidamente expurgada de todo e qualquer viés doutrinário, de que sentido seja. Assim, penso, em menos de mil anos estaremos prontos para o estabelecimento do anarquismo, se, evidentemente, outras medidas forem sendo tomadas em paralelo. O sonho de uma sociedade ideal não é impossível e tem sido acalentado por muitos pensadores ao longo da história. Mas ela só poderá ser estabelecida de forma espontânea, sem imposição e, simultaneamente, em todo o mundo. Até lá é preciso acabar com as religiões, que são um grande entrave a esse ideal. Mas elas vão acabar, com o esclarecimento e a elevação do nível cultural da humanidade. Não digo que as crenças religiosas, mas as religiões sim. Estas é que são piores, pois segregam a humanidade em facções. Sentimentos nacionalistas também têm que ser suprimidos por uma concepção global de humanidade, mesmo que com a preservação das características culturais de cada povo e país. Com aceitação das diferenças. Há que se falar,,, falar,,, falar... Divulgar essas ideias na mídia de forma insistente ao longo de centenas da anos. Sem esmorecer.

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação (formspring)

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