A ideia de um paraíso terrestre é compartilhada por várias culturas e civilizações. E, inclusive, não é abraçada pela religião cristã, que coloca o paraíso no céu, depois da morte, e considera o mundo um "vale da lágrimas". O anarquismo não requer a perfeição mas sim uma disposição para a ela buscar. É claro que o homem é um animal, mas isso não faz dele um ser necessariamente malvado. A bondade existe no ser humano, mesmo sendo animal, como existe em outros animais. E o homem tem discernimento, sendo capaz de ver que o que faz seja benéfico ou maléfico. Pode, portanto, pensar e decidir a fazer o que promova o bem. Tando isso é possível que eu estou apresentando essa proposta. Existem e existiram muitas pessoas que vivem fazendo o bem pelo mundo afora. Isso significa que trata-se de uma capacidade humana, inclusive compartilhada por qualquer um. Quanto à sobrevivência, foi, justamente, o comportamento gregário e solidário que desenvolveu as civilizações e não o belicoso. Inclusive, principalmente foram as mulheres que mantiveram sempre, passando para os filhos, as conquistas da inteligência humana. A história costuma só contar os feitos militares e políticos. Mas é no dia a dia da vida doméstica que a civilização se estabelece e se fortalece. O anarquismo é, justamente, a valorização das atitudes cooperativas dos vizinhos e tudo o que acontece nos bastidores, abolindo as decisões espetaculares de cunho grandiloquente dos governantes. É o mundo do cotidiano funcionando por conta própria. Mas sem as trapaças e a corrupção. Este é um desejo profundo das pessoas. Viver num mundo justo e honesto, pacífico e generoso. Muito mais gente prefere isso do que a falta disso, que é o que existe no mundo competitivo e predatório em que o homem seja o lobo do homem. Para sobreviver não é preciso ser mau nem ser hipócrita. Isso é o que as religiões apropriaram dos anseios humanos e incorporaram a suas propostas, mas isso é próprio da humanidade de modo geral.
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