sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Comente: "a posição dos ateus radicais também é inconsistente com os parâmetros do método científico, algo que talvez surpreenda muita gente. Basta ver que o ateísmo é a crença na não crença, já que a possibilidade da existência de qualquer tipo de divindade é negada categoricamente.'' (M. Gleiser) 28/12/2015

Isso é o que se denomina "ateísmo gnóstico", ou "ateísmo dogmático", ou ainda "ateísmo forte". Tal concepção, de fato, é uma concepção fideísta. Não a aceito em absoluto. Também não aceito a concepção ateísta agnóstica, que considera que seja impossível verificar se deus seja ou não existente. A concepção ateísta correta, em meu entendimento, é o "ateísmo cético", que consiste em duvidar da existência de deuses. Esse ateísmo não é crença em nada. Pelo contrário, é a descrença. Note que "crer que deus não existe" é completamente diferente de "não crer que deus existe". Esta última é a forma que aceito a respeito do assunto. Em se duvidando de que deus exista, pode-se considerar tanto que exista quanto que não exista. Todavia, uma vez que não há evidências de sua existência, nem diretas nem indiretas, como, tampouco, comprovações lógicas de que exista (bem como de que não exista), considero a hipótese de que não exista como a mais viável e, assim, pauto minha concepção a respeito.

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