domingo, 9 de outubro de 2011

Acredita no amor?

Certamente que sim! Toda a minha luta pelo estabelecimento do anarquismo e do ateísmo, é em nome da verdade e do amor. Esses são os dois conceitos primordiais que têm que dirigir as ações humanas. O amor em todos os seus planos: afeição, amizade, desejo, amor, paixão, devotamento, cuidado, dedicação, proteção, entrega, bem-querer, bondade, solidariedade, cooperação, compaixão, generosidade, altruísmo, juntamente com a verdade, retratada por meio da honestidade, sinceridade, justiça, retidão, honra, modéstia, assertividade, probidade, são as virtudes capazes de construir um mundo harmônico, justo, fraterno, próspero e feliz para todas as pessoas e não só para algumas. Especificamente sobre o amor dos casais (hetero ou homossexuais), ele é uma reunião dos três amores clássicos gregos, a "philia", ou amizade, o "eros", ou desejo sexual e o "agape", ou amor espiritual desinteressado. Quem não conseguir alcançar a realização de algo assim na vida não pode dizer que viveu. É claro que eu acredito porque sei por experiência própria, como sei que é a maior ventura da vida, inimaginável por quem nunca dela provou. Mesmo que não seja realizada em sua plenitude do espírito e da carne, só em pensamento já é uma elevação etérea e transcendente, cujo travor tem um amaríssimo dulçor. Sofrer por um amor não correspondido é mais beatificante do que não sofrer por não ter amor nenhum. Não amar é viver a vida vegetativamente sem que o grão germine. Não ser amado é ser uma flor completamente formada e não polinizada. É preciso estar pronto para o amor a qualquer momento que a abelha cupido venha polinizar a flor. Não se escolhe a quem amar. A natureza, o acaso, as coincidências e as circunstâncias é que dirão ao coração que ele foi achado. Mas tudo pode ser efêmero. Um amor não pode fechar a porta do coração para outros amores, que, talvez aparecem depois e sejam mais brilhantes e sedutores do que o que se tem. Por isso é que acho que a felicidade no mundo nunca poderá ser completa se a sociedade não se abrir para a possibilidade honesta, legítima, sincera e consentida de múltiplos amores simultâneos, sem exclusividade, sem posse, sem ciúme, sem inveja, sem despeito. A exclusividade amorosa é decorrente de considerações puramente econômicas, referentes a rendimentos, propriedades, heranças, e todas essas questões que não podem existir para atrapalhar a felicidade das pessoas. Que todos sejam magnânimos e tudo seja compartilhado entre todos, de modo que as famílias não sejam apenas mononucleares, mas extensas, envolvendo, se for o caso, todos os maridos de todas as mulheres e todas as mulheres de todos os maridos, sendo os filhos, filhos de todos os pais e os pais, pais de todos os filhos. Numa generosidade total, inteiramente encharcada de amor.
Nada vale mais que o amor. O amor não pode ser negado, restringido, dividido, negociado, reprimido, proibido, cerceado, contido, escondido, subtraído... O amor só pode ser adicionado, multiplicado, extravasado, espalhado, revelado, disseminado, compartilhado, cultivado, frutificado... Sem barreiras, exclusividade, desculpas, rodeios, mentiras, trapaças, temores, pudores, exigências, cobranças... Com alegria, harmonia, ternura, carinho, respeito, amizade, admiração, zelo... Mas ardoroso, impulsivo, sôfrego, extasiante, avassalador... Por sentimentos, desejos, vontade, ações, testemunhos, declarações, gentilezas, presentes... Entre toques, abraços, beijos, enlaces, suores, tremores, estertores, exaustão... E tem que fazer vibras todas as fibras do ser numa melodia celestial, exalar os mais inebriantes perfumes, propiciar as mais belas imagens do ser amado, sentir as mais suaves e arrepiantes carícias e evocar os mais significativos momentos de indizível romance, prazer e elevação. Viver sem amar não é viver, é padecer e suportar a mais indizível tristeza que a vida pode conceder. Busca o amor antes de tudo o mais. Nunca é tarde para amar enquanto houver vida. A falta de tudo o mais, com amor, pode ser suportada. A presença de tudo o mais, sem amor, é insuportável. Ao buscar e achar o amor, não se prenda a compromisso nenhum senão a retribuir o amor com amor. E nem condicione a doação do amor a nenhuma reciprocidade. Nenhuma paga requer o amor, nem mesmo o amor. Nem a perenidade, nem a exclusividade. Muito menos qualquer servidão ou retribuição não amorosa. Mas, uma vez o amor ao amor se dando, apenas por amor, tudo o mais poderá e será dado de favor, sem conta nem exigência.
Veja o que mais já escrevi a respeito:
http://wolfedler.blogspot.com/2008/07/amor.html ;
http://wolfedler.blogspot.com/2008/07/homossexualismo--poliamor.html ;
http://wolfedler.blogspot.com/2008/07/tica-e-atesmo.html .

Filosofia, Ciência, Arte, Cultura, Educação

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