quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Onde está a razão do amor?

O amor tem origem na pulsão instintiva pela preservação da espécie. Para que isso se dê é preciso que os indivíduos protejam a sua prole e uns aos outros. Nos animais mais inteligentes isso se transformou em afeto que, nos humanos, evoluiu para amor. Outra pulsão oposta é o egoísmo, que pretende preservar o próprio indivíduo. Mas a preservação do indivíduo só existe em função da preservação da espécie, isto é, o indivíduo precisa sobreviver para poder procriar. Com o surgimento da cultura e da civilização, na espécie humana, tais pulsões se sublimaram em sentimentos que são racionalizações das emoções. É o caso do amor, que se origina do desejo sexual e do sentimento de cuidado com a prole e com a companheira. Mas, então, o amor superou o desejo sexual e se tornou um sentimento válido em si mesmo, mesmo sem desejo sexual. De qualquer modo sua razão é propiciar condições melhores de sobrevivência e da satisfação aos indivíduos e se opor ao instinto ganancioso e individualista de vencer e derrotar o outro. O resultado final do altruísmo é mais benéfico para todos do que o egoísmo.

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