quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Ernesto, a massa populacional é leiga em "ciência" você acha que é culpa dos próprios cientistas que por muitas não optam em escrever algo com uma linguagem "popular" e sim muita das vezes rebuscada e "chato"? 20/12/2015

Não. A culpa é dos professores. Esses é que têm que colocar o conhecimento científico ao alcance da juventude de forma inteligível. Para isso é que eu defendo que todo licenciado em ciências (que vai ser o professor), tenha que ser, antes, bacharel. Para que possa compreender o que a ciência está desenvolvendo de mais atual e traduzir isso para o nível de Educação Básica. O cientista não tem esse compromisso. Claro que é muito bom que cientistas façam isso e divulguem a ciência para o público leigo. Mas existem, também, os divulgadores científicos, que não são cientistas, mas entendem tanto de ciência quanto de comunicação, para fazer esse trabalho. Por outro lado, seria preciso, também, que os meios de comunicação: revistas, jornais, rádio, televisão, dedicassem mais espaço e tempo para a ciência, numa fração equivalente a que dedicam a política, economia, esportes, crimes, variedades, música popular, previsão do tempo, medicina e outros assuntos. Da mesma forma que acho que uma fração equivalente deveria ser dedicada às artes mais sofisticadas, como música clássica, pintura, teatro, literatura, poesia. Bem como filosofia. Porque a cultura do povo é muito determinada por aquilo que lhe é disponibilizado na mídia. É difícil achar pessoas que se interessem idiossincraticamente por Cosmologia e Música Clássica, por exemplo e que corram atrás de informações sobre esses assuntos que não são muito encontradiços na imprensa cotidiana. A escola precisaria tomar essa iniciativa e disponibilizar, como algo incluso na programação exigida, tais tipos de conhecimentos.

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