Nada é, mas está sendo. Para que algo fosse, não poderia haver passagem de tempo, pois o tempo advém de que o estado do Universo mude. Assim, tudo não permanece como é, mas, a cada momento, torna-se diferente. O verbo ser significa permanência, o que não existe. A essência de um ser (substantivo), portanto, não é aquilo que ele é, mas o que, dentro de suas alterações, pode caracterizá-lo como uma individualidade dentro de sua mutabilidade. Você continua sendo você, mas a cada momento suas células se transformam, umas morrem, outras surgem. Suas memórias se modificam a todo instante. Mas você continua sendo você, pela continuidade histórica de seu ser.
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