segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Professor, o senhor é da opinião de que grandes escritores, como Shakespeare, Tolstoi e Dostoiévski, reinventaram o ser humano, fazendo emergir características despercebidas, influenciando tudo que veio depois?

Eles apenas explicitaram o que já existia, certamente influenciando, mas apenas a elite cultural, que, sem dúvida, é que tem poder para conduzir as massas. Mas não inventaram nada. De fato, o grande valor deles é a apurada capacidade de análise psicológica, muito maior do que a de muitos psicólogos. Assim desnudaram as verdadeiras razões que levam as pessoas a agir como agem. Na vivência social isso tudo é camuflado, pois a transparência das intenções é uma grande desvantagem pessoal para quem deseje levar vantagens. A mentira e a dissimulação são recursos que a própria inteligência desenvolve para facilitar a sobrevivência e a conquista de melhores condições de vida. Mas não é ética e desmascarar tais recursos é uma providência primordial para coibir o uso de meios desleais de ascenção pessoal. Para isto estão aí a neurolinguística e outras disciplinas semelhantes. Esses escritores deram uma grande contribuição à psicologia com suas finas análises da sordidez, mas também da beleza do comportamento humano.

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