quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quantos livros acha que já leu, mais ou menos? Quantos livros você tem no seu acervo?

Acho que já li uns três mil livros, desde criança. Sempre li muito, umas quatro horas por dia e mais ainda nos fins de semana. E leio rápido. Atualmente leio menos porque passei a participar da internet. É fácil achar tempo para ler. É só não ver televisão e dormir pouco. E considerar que "ficar à toa" é ficar lendo. Levo livro para todo lugar que vou. Tem que gostar mesmo, e muito. Considero que ler é a terceira coisa mais gostosa de se fazer. A primeira é amar, a segunda é pensar, a quarta é comer, a quinta é conversar, a sexta é escrever, a sétima é cantar, a oitava é ouvir música clássica, a nona é assistir a um bom filme e a décima é estudar. Para mim, é claro. Há quem goste de esportes, dormir ou ver qualquer coisa na TV. Eu não. Durmo umas cinco horas por noite, no máximo sete. Há muito tempo. Detesto dormir. Quanto à minha biblioteca, tem uns seis mil livros. Dois mil de literatura, dois mil de física, matemática e informática e dois mil de filosofia e outros conhecimentos. Tenho umas dez mil revistas, uns três mil discos, uns mil vídeos, além de muitas gravuras, partituras, mapas, programas de computador etc. Minha intenção é fundar uma ong e doar isso tudo para o povo. Não tenho outros bens, exceto minhas pessoas queridas. Desde que comecei a trabalhar, há 43 anos, ganhei uns dois milhões de reais, atualizados. Nunca apliquei dinheiro e nem adquiri propriedades. Meu carro, um Kadett 1995, não vale oito mil reais. Tudo o que ganhei gastei, especialmente com os outros. Já tive treze pessoas sob minha dependência financeira. Desse dinheiro, a quarta parte o governo pegou de impostos, a quarta parte eu gastei com comida, a quarta parte eu usei para comprar roupas, móveis, utensílios, energia elétrica, comunicações etc. E a quarta parte eu apliquei em minha biblioteca. Sim, meio milhão de reais é o que eu gastaria para adquiri-la hoje, tudo novo. Mas não vale, comercialmente, nem a décima parte disso. Um investimento a fundo perdido. Poderia ter comprado dez pequenos apartamentos para alugar e ter uma renda de uns cinco mil por mês. Será a minha contribuição para o bem da humanidade, além dos ensinamentos que passei para os quatro mil alunos que tive em 12 anos de magistério no Ensino Médio e 20 anos no Ensino Superior, ensinando Física e Matemática e passando para os alunos todos os valores que advogo como essenciais para a construção de um mundo bom, justo, equitativo, harmônico, fraterno, próspero e aprazível para todos, e não só para alguns, como o ceticismo, o livre-pensamento, o respeito à verdade, o altruísmo, a coloboração, a dedicação, a responsabilidade, a diligência, a generosidade, o desprendimento, a coragem para combater o mal, o desenvovimento da inteligência, da curiosidade, do conhecimento, da cultura, do deslumbramento com a natureza e a vida, das habilidades práticas da vida, a honestidade, e tudo o que faz uma pessoa ser virtuosa de forma alegre, numa sintese do epicurismo com o estoicismo e o cinismo na acepção original de desprendimento de bens materiais.

Ask me anything (pergunte-me o que quiser)

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