domingo, 20 de fevereiro de 2011

O senhor não crê que embora seja produtivo dicutir sobre temas interessantes, é essencial tomarmos a iniciativa prática? Não se arrepende de não ter participado mais ativamente em movimentos anarquistas em sua juventude?

Claro que se precisam tomar iniciativas práticas. Mas nem sempre são as mesmas pessoas que agem na teoria e na prática. Alguns pelejam no embate das idéias, outros nas ações positivas do dia a dia. Sempre sem violência, reafirmo. Além disso, o amadurecimento de minhas convicções anarquistas se deu já aos meus 30 anos. Na juventude mesmo, eu não era anarquista assumido, mas apenas via essa posição com simpatia. Também não era ateu. Acho que o trabalho de conscientização é de suma importância para a propagação do anarquismo. Mesmo não sendo um ativista prático, já que nunca fui uma pessoa prática em nenhum assunto da vida, faço muita coisa em prol do anarquismo, como trabalhar de graça, dando aula para estudantes carentes, doando bolsas de estudo do meu bolso para pessoas pobres e, o principal, que é o projeto de minha vida, estou organizando toda a minha biblioteca para disponibilizá-la ao povo. Estou pensando em um esquema de fazer isto sem que precise fundar nenhuma instituição, como uma ong ou uma fundação, pois quero que seja algo anárquico, sem estrutura jurídica nenhuma. Mas quero que tenha garantias de funcionamento e que ninguém vá pegar os livros para si. É preciso um controle que ainda tenho que inventar, pois não quero envolvimento de dinheiro em nada. Sem contabilidade, sem rendas, sem custos. Só com trabalho voluntário e captação de doações de coisas, não de dinheiro. Mas doações a fundo perdido, sem desconto no imposto de renda, sem recibos. De um modo verdadeiramente anarquista. É o meu sonho.

Ask me anything (pergunte-me o que quiser)

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