domingo, 20 de fevereiro de 2011

Felicidade = SER + FAZER o que considera correto e ético. Concorda?

Isto não seria o conceito de felicidade, mas a prescrição para obtê-la. Analisemos. Por "ser" não estamos dizendo que a pessoa deva ser o que é, pois disto há como se escapar, mas sim que a pessoa se assuma como é, sem fingir ser o que não é. A segunda parte, realmente é uma condição necessária para a felicidade, pois uma vida de fingimento não é uma vida plena e realizada. Assumir-se o que de fato se é requer uma ressalva. Quando se é algo inteiramente não recomendável, como ladrão ou assassino, não é bom assumir-se assim, mas sim mudar para deixar de ser assim e, transformado, assumir o novo estado. Qual o estado a ser assumido que leva à felicidade? O estado virtuoso. A felicidade se alcança com a prática da virtude. Este é o preceito epicurista. E o que é a virtude? A prática do bem. E o que é o bem? As ações que levam a maximização da felicidade para o maior numero de seres. Caiu-se, pois, em um círculo vicioso. De fato, mas não há como se escapar. Felicidade e bem acabam se confundindo. A segunda parte de sua equação: fazer o correto, já está embutida na primeira: ser do bem. A felicidade é, pois, um estado que depende mais das ações do que das intenções e das circunstâncias. É claro que se pode ficar infeliz temporariamente devido às circunstâncias adversas, como doença, pobreza, luto e outras. Mas isto não perturbará o estado de felicidade de longo prazo se se é virtuoso, especialmente no quesito ataraxia, que é, justamente, não se perturbar com as vicissitudes. Então pode-se ver que o estado de felicidade depende das atitudes perante as provocações da vida, isto é, do modo como respondemos a elas, por meio de nossas ações.

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