Um pouco só, pois sou muito fleumático. Mas eu não consigo largar a multitarefa. Só que ela não compromete minha concentração porque, a cada momento, sou capaz de me centrar em algo e desligar do resto do mundo. Aliás, isso é um perigo, pois, então, não percebo mais nada. É o que se chama "multitarefa rotativa", isto é, eu faço várias coisas, mas uma de cada vez, em rodízio, com interrupção. É assim que leio, geralmente, quatro livros ao mesmo tempo: um pouco de um, depois o outro, o outro, o outro e volto ao primeiro, e assim vai. Nada fica mal realizado, só demora mais tempo. Mas isto é algo com que não me preocupo. Aliás eu não me preocupo com eficiência, mas sim com eficácia. Ao fazer qualquer coisa, não me importo com o trabalho que dê, nem o tempo que consuma, nem o custo. Mas me exijo perfeição. Se eu escolher algumas coisas para fazer e deixar as outras, ficarei frustrado em relação ao que deixei de fazer. É o meu modo de ser e não tem jeito. Como eu nunca me importo com o retorno financeiro, não tem problema. Eu curto é o processo de estar fazendo algo. Curto também o resultado, mas o resultado da coisa em si, e não do lucro que possa dar. Sou totalmente desligado de dinheiro. Por isso é que vivo endividado e pobre, apesar de até ganhar bem. Mas adoro trabalhar de graça. Sinto-em muito mais motivado em fazer algo em benefício geral, sem retribuição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário