segunda-feira, 13 de julho de 2015

Ernesto, essa ideia de "cristofobia" futuramente pode ir a um ponto extremo capaz de inibir a expressão de outras religiões?‎

Mesmo sendo ateu, não acho que se deva zombar das religiões porque há muita gente de bem que tem fé sincera nelas, sejam quais forem. Portanto, zombar delas é ofender quem acredita nelas. O que se pode e se deve é argumentar, de forma lógica, racional e sensata, mas educada, contra as concepções religiosas, para que as pessoas reflitam sobre suas crenças e, quem sabe, as abandonem. A prática das religiões tem que ser livre, mas essa liberdade não pode incluir a liberdade das religiões se difamarem mutuamente e nisso eu incluo o ateísmo, mesmo que não seja religião. Todas as religiões têm que reconhecer o direito das demais a serem praticadas por quem quer que seja, bem como de fazerem proselitismo, desde que o proselitismo não interfira na liberdade das demais religiões. Nesse sentido não é correto ridicularizar os símbolos das religiões. Mas é lícito fazer humor com as religiões, desde que esse humor não tenha uma característica chula. Como fazer humor com o ateísmo. Se se proibir qualquer crítica a qualquer religião estará se perdendo a liberdade de expressão da opinião que é um dos mais caros valores democráticos. É-se livre para defender ou criticar qualquer coisa, como a democracia, a ditadura, o capitalismo, o comunismo, o socialismo, o anarquismo, o ateísmo, o agnosticismo, a religiosidade, o conservadorismo, o progressismo, o liberalismo, a monogamia, a poligamia, a homofobia, a homofilia, o tradicionalismo, o cristianismo, o catolicismo, o protestantismo, o ortodoxismo, o espiritismo, o judaismo, o budismo, o hinduísmo, o islamismo, o xintoísmo, o jainismo, o sikismo, o candomblém, a umbanda, o zoroastrismo, o paganismo e qualquer que seja o "ismo". Mas essa critica não pode ser feita com ofensas a seus seguidores. Todos têm o direito de seguir a religião e a ideologia que quiserem.

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