segunda-feira, 13 de julho de 2015

Ernesto, qual a sua o opinião sobre o episódio da transsexual que na parada gay de São Paulo interpretou a imagem de Cristo cruxificado com o intuito de comparar as minorias perseguidas e massacradas de hoje com Jesus que foi perseguido e morto por pessoas que iam contra seus ideais?‎

Acho a comparação válida. Não vi que aquilo significasse algum protesto anti-cristão e sim um protesto contra quem queira crucificar os gays, lésbicas e assemelhados, baseando-se nos ensinamentos cristãos. Eu que não sou cristão, mas já fui, entendo que o maior mandamento de Cristo é "Amai-vos uns aos outros". Não me consta que ele tenha dito nenhum "exceto..." Portanto, quem seja cristão é que deve mais ainda amar quem seja gay ou lésbica. E os gays e lésbicas, com esse mandamento, ficam autorizados pelo Cristo a se amarem. Tenho amigos e amigas que são gays e lésbicas e tenho por eles a mesma afeição que tenho por qualquer outro amigo ou amiga. Como não sou gay, não sinto atração romântica ou sexual por homens, mas acho que quem sinta seja inteiramente normal e deva realizar seu amor tanto no plano sentimental quanto no sexual sem o menor problema e com a aceitação social do fato como inteiramente normal. Se for sócio do Rotary Club, deve levar seu companheiro ou companheira ás reuniões festivas do mesmo modo que os héteros levam suas esposas e maridos ou namorados e namoradas. Vou além. Acho que esse mandamento é uma permissão do Cristo para que as pessoas possam ter mais de um relacionamento amoroso paralelo, com pessoa do mesmo sexo ou do oposto (ou ambos). Não estou falando de amantes ocultos, mas companheiros e companheiras múltiplos abertamente conhecidos e consentidos pela sociedade.

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