terça-feira, 9 de agosto de 2016

O próprio fato de existir, viver e consumir energia já é um ato que catalisa o fim do universo, portanto é impossível que o ser humano seja inteiramente bom 08/12/2015

Nada disso. O que você está dizendo não tem nada a ver com bondade e maldade. Você está se referindo a características físicas da existência, no caso o fato de que os processos metabólicos que mantêm a vida provocam um aumento na entropia do Universo, bem como a degradação de seu nível de energia (isto é, promovem a redução da diferença de níveis de energia entre sistemas, o que, fatalmente, levará à impossibilidade da ocorrência de qualquer transformação). Se bem que isso é muito mais abundantemente provocado pelos processos astrofísicos de grande escala do que pelos processos vitais, que representam uma fração ínfima das transformações de energia do Universo. Bondade e maldade, por outro lado, pertencem a outro tipo de categoria. Não são características físicas de sistema nenhum. São propriedades qualitativas de ações realizadas e sofridas por seres dotados de mente e consciência. Note que não se vinculam a qualquer pretensa existência de entidades sobrenaturais, como almas e deuses. Mas também não são físicas. São valores e valores são uma categoria que só pode ser conferida a ocorrências dentro de uma perspectiva de uma percepção mental. Em suma: Não havendo mentes no Universo, não há valores, dentre os quais bondade e maldade. Não há relação de causação nenhuma entre variação de entropia ou de nível de disponibilidade de energia com a realização de ações boas ou más.

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