domingo, 14 de abril de 2019

O que explica o fato de que departamentos inteiros de filosofia das grandes universidades no Brasil serem formados por professores incultos, presos na Teoria Crítica sem nunca ter lido nada para além dela?

Comodismo. Preguiça. Recusa em "dar o braço a torcer" e admitir que estava equivocado. Em suma, vaidade. Ou seja, tudo o que um verdadeiro filósofo não pode ser. Um filósofo, antes de tudo, tem que ser virtuoso. Senão não é filósofo. Depois tem que ser um livre pensador, isto é, ter a mente aberta a qualquer possibilidade. Eu disse: "QUALQUER". Em terceiro lugar tem que ser metodologicamente cético, isto é, não ter certezas e, mesmo naquilo que esteja bem convicto, considerar que possa estar errado. Depois disso, é claro, tem que dominar o "metier" de filosofar, ou seja, de raciocinar logicamente, de argumentar, de expressar com clareza o pensamento, Isto é, ser muito bom em lógica, dialética e retórica. Aí vai ter que conhecer os diversos capítulos da Filosofia em abrangência e profundidade, isto é, Metafísica (incluindo Ontologia), Epistemologia, Cosmologia Filosófica, Teodicéia, Psicologia Filosófica, Ética, Estética, Filosofia Política, Filosofia Econômica e tudo o mais. E para entender disso tudo, também tem que conhecer a Cosmologia Física, a Psicologia Biológica, ter boas noções de ciências e de artes e, finalmente, conhecer bem a História da Filosofia. Tem que ser um bom literato para saber escrever a respeito com apuro e elegância e tem que ser um excelente didata para poder ensinar tudo isso de modo compreensível e eficaz. Daí que ser filósofo é uma das ocupações mais abrangente e mais difíceis de se abraçar. Conjugado ao fato de não ser algo que propicie bons rendimentos, só quem, realmente, seja fascinado por Filosofia, deve se dedicar a ela, e assim o fazendo, tem que ser com grande devoção.

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