quinta-feira, 18 de outubro de 2012

"A ciência moderna achou informação útil sobre a mente no budismo, assim como ''...para o budismo a descoberta científica dos quarks, as partícula subatômicas foi de grande ajuda.'' Afirmar isto, está correto? Vide: http://www.veduca.com.br/play?c=146&a=1

Qualquer correlação entre interpretações físicas da realidade e as dadas pelo budismo ou qualquer outra crença religiosa são coincidências. O fato de algumas destas provocarem indagações que levem a pesquisas que as confirmem não implica que elas representam conhecimento epistêmico, mas sim que esse conhecimento foi feliz em interpretar corretamente os fatos, com base em especulações e "doxas". Não há indicação nenhuma de que houve uma apreensão da realidade embasada em verificações refutáveis, como a ciência procede. Em sentido inverso, se novas explicações, fundamentadas e testadas, forem ao encontro de suposições apresentadas por alguma crença religiosa, isso não as abona como provenientes de alguma revelação transcendental da realidade mais profunda. Tal fato, simplesmente, não existe. Todas as propostas religiosas são baseadas em opiniões, mesmo que plausíveis, com base nas observações dos fatos. Os formuladores das doutrinas religiosas não foram pessoas burras nem mal-intencionadas. Elas buscaram explicações com base no conhecimento que dispunham, após reflexões profundas e abrangentes. Posteriormente, detentores do poder fizeram uso dessas crenças para manipular o povo a aceitar os seus desígnios, sem oposição. O cérebro é extremamente plástico e se estrutura por meio de ligações sinápticas que são formadas e destruídas em função do uso e desuso. Não só a meditação como os exercícios neuróbicos são capazes de formar ligações entre os neurônios e mais, criá-los.

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