quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Professor, sua relação com as pessoas geralmente é formal ou informal? O senhor prefere qual das duas?

Sou equilibrado, um pouco mais formal do que informal. Não gosto de muita informalidade. Deploro professores que, nas reuniões do colégio em que sou vice-diretor, vão de chinelo, bermuda e camiseta. Isso eu só admito na praia, na piscina ou no clube. Em geral eu trabalho de paletó e gravata sem ser obrigado e gosto disso. Mas, por outro lado, não chamo ninguém de "senhor", nem delegado nem juiz. Para mim, todo mundo é "você", seja quem for. Isso é um princípio filosófico meu, que aprendi com meu pai, que aprendeu com o pai dele, ambos anarquistas. Ninguém é superior ou inferior a ninguém. Todo mundo igual. Mas, para mim, igual por cima, isto é, todo mundo respeitável. Sou uma pessoa séria, por isso é que me chamo "Ernesto" (isso é uma brincadeira, para quem entende alemão). Às vezes faço umas piadas, mas minhas piadas são muito cerebrais. Quem tem pouca cultura não entende (como essa do "Ernesto"). Não sou casmurro, pelo contrário, sou bem alegre. Mas não sou "divertido". Todavia, acho que as pessoas gostam de mim como sou. E sou assim desde rapaz. Na escola eu era o que chamavam de "CDF" ou "Caxias", hoje apelidado de "Nerd". Mas fui o único aplaudido de pé por meus colegas na formatura. Mas não tinha o estereótipo hoje assinalado aos nerds, mesmo que usasse óculos.

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