quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Professor,qual o limite para a sensualidade não invadir o campo da vulgaridade? ☠

A beleza. A sensualidade é bela, a vulgaridade é feia. É uma questão estética. O que se faz com graça, até quando envolve vigor, é sensualidade. O que se faz de modo canhestro, atabalhado, deseducado, é vulgar. A vulgaridade é tosca, egoísta, insensível. A sensualidade, é refinada, sutil, gentil, educada. Mas pode ser enérgica, sem brutalidade, É elegante nos gestos e nas palavras, mesmo quando impudicas. Há uma nuance que faz a diferença entre erotismo e pornografia. Não é a mesma coisa. O prazer sensual é superior, é o prazer carnal mesclado com um prazer sensível, como o que se tem ao apreciar uma obra de arte. E fazer amor é uma obra de arte. É como um balet ou um espetáculo do "Cirque de Soleil". Cultivar o erotismo num nível como o do Kama Sutra, é uma habilidade a ser treinada, como tocar piano. Mas, além do domínio técnico, há que se ter o sentimento, a paixão, a entrega. Não meramente um exibicionismo histriônico. Senão não há aquela comunhão de corpos e de mentes que faz de um ato de amor uma das mais sublimes atividades humanas. E não é só o ato de amor em si. É todo um comportamento cotidiano pautado por sutilezas sensuais no que quer que se faça com a pessoa amada, mesmo sem nenhuma conotação sexual. O erotismo pervade toda a vida, até mesmo o filosofar.

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