quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Como foi a sua experiência de viver durante a Ditadura Militar?

Não tive problemas com a ditadura. Mas, então, eu não era tão anarquista como sou agora. Quando ocorreu a revolução de 1964 eu tinha 14 anos e quando acabou eu tinha 35 anos. Nesse tempo eu fiz o meu científico, a minha faculdade, comecei a trabalhar, casei, tive dois filhos, fiz mestrado e passei de católico a ateu. Mas não me engajei diretamente em movimento nenhum. Como professor de Física e Matemática, eu não tinha muito espaço para discutir política em aula. Então não fui molestado. Na adolescência eu até era anti-comunista. Só mudei pelo que vi da revolução e por meus estudos. Mas essa minha virada começou com 19 anos. Tanto para o anarquismo quanto para o ateísmo. Sempre discordei da linha marxista do comunismo. Sou comunista mas não sou marxista.

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