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sábado, 20 de outubro de 2012
O sr. é utilitarista?
De certa forma, sim. Mas não exatamente como o concebe Stuart Mill e Bentham, pois além do princípio da maximização do bem geral como fundamento da ética eu considero, também os outros dois, que são a "regra de ouro", isto é, que se faça o que se quer que seja feito a si e o "imperativo categórico", que diz que algo possa ser feito se se puder erigi-lo como prescrição universal. Cada caso, contudo, tem que ser analisado isoladamente para se julgar a eticidade de uma ação. Não estou falando de moralidade, pois esta se prende ao que o grupamento social em dado momento e lugar considera que seja permitido ou proibido. Mas é certo que toda ação é lícita se promover a maximização do bem para o maior número de seres ou for indiferente, mas nunca se beneficiar a poucos em detrimento de muitos. Há, inclusive, uma forma de ponderação da felicidade global, por meio de um funcional, para saber se uma ação é eticamente aceitável ou não. Mas o utilitarismo tem que ser considerado não como um eudemonismo que coloca a felicidade pessoal como o bem supremo, pois se esse for o objetivo da vida, não será alcançado. A felicidade só é alcançada quando se esquece dela e se busca fazer o bem. Assim concebido, o utilitarismo é uma ótima perspectiva de vida.
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