quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

- Focault afirma que a busca pelo conhecimento sempre tem um propósito: se caracteriza pela vontade de dominar ou apropriar. Ele fala que a suposta busca pela ''verdade'' não passa de uma deturpação da ''Vontade de poder'', impulso humano que Nietzsche considerava primordial. - O que pensa sobre?‎

Discordo totalmente de Foucault. Há quem busque o conhecimento para dominar ou apropriar, sem dúvida. Mas isso não é a regra geral. Há muitos que buscam o conhecimento por duas outras razões: por que gosta de saber ou porque quer ajudar e fazer o bem. Isso existe é não é incomum. Há muita gente que é, de fato, altruista e quer agir para melhorar o mundo e socorrer as pessoas. E outras que fruem um prazer imenso em deter conhecimento, sem querer saber de nenhuma utilidade para ele. Esse é o meu caso. Adoro saber só por saber. Muitas vezes ninguém sabe que eu sei alguma coisa, mas o fato de saber, para mim, é extremamente fascinante e prazeroso. Também discordo de sua afirmação de que a busca pela verdade oculte uma "vontade de poder". O ser humano tem vontade da poder, tem vontade de saber, tem vontade de fazer e tem vontade de sentir. A intensidade de cada uma delas varia de pessoa para pessoa. Para uns, o poder é tudo, para outros não é nada. Quem coloca a vontade de saber como primordial, busca a verdade pela verdade, como um valor em si mesmo. Essa noção de vontade de poder é uma das noções de Nietzsche de que discordo completamente, além de outras, como também há umas que eu concordo. O problema de muitos filósofos, sociólogos e psicólogos é querer simplificar tudo em uma máxima única para cada assunto. Isso não existe. O mundo e o ser humano são complexos demais para serem enquadrados em princípios simples.

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