segunda-feira, 13 de abril de 2015

"Diante da imponente erudição dos sabichões, às vezes digo para mim mesmo: Ah, essa pessoa deve ter pensado muito pouco para poder ter lido tanto!" (Schopenhauer) - O que acha? Por trás de leitores compulsivos achamos mesmo mentes irrefletidas?

Depende do que ele entende por "lido tanto". Considero que seja razoável se ler umas duas a três horas por dia, em média. Quanto a pensar, metade desse tempo. Se bem que, enquanto se lê, também se pensa. E também se pensa ao escrever. Somando ler, pensar e escrever, acho razoável de dedicar uma quatro horas por dia. Ou mais, se esse for o ofício da pessoa. Ler sem pensar não adianta nada. Mas, para pensar, digo pensar com propriedade, é preciso que se tenha lido. Se os leitores compulsivos só lerem e não pensarem, certamente que não vão ser refletidos. Todavia penso que quem muito lê, acaba muito pensando também. Uma coisa puxa a outra. Não vejo razão para ter preconceito contra sabichões, desde que sua sabichagem seja algo bem embasado e refletido. Conhecimentos superficiais e impensados é que não têm valor.

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