Sim, mesmo que a ideologia da maioria das pessoas seja apenas a de aproveitar o máximo da vida e tirar todas as vantagens que puder de todas as situações. Pessoas que possuem ideologias nobres ou, pelo menos, de um significado mais elevado, são poucas. E essas o podem ter em vários sentidos. Para o bem ou para o mal. E, mesmo, em cada caso, de um modo ou de outro. Alguns acham que o bem seria a implantação da Charia em todo o mundo. Outros que seria a zorra total, num completo niilismo e amoralidade. Outros, ainda, que o predomínio da criminalidade. Nessa pluralidade de ideologias, há várias que precisam ser, realmente, rejeitadas como nocivas a uma sociedade justa, harmônica, fraterna, próspera, aprazível, equânime e feliz. Mas há muitas que, mesmo divergindo em suas convicções e características, querem o bem da sociedade. O capitalismo e o socialismo podem ser igualmente defendidos por pessoas imbuídas do bem do mundo. Do mesmo modo que quase todas as religiões, para aqueles que, sinceramente, acreditam que elas são detentoras da verdade e pugnam pelo bem de todos, que seria alcançado pela prática da sua crença. Claro que há muitos líderes religiosos fajutos e espertalhões, verdadeiros estelionatários, que usam a fé do povo para auferir vantagens pessoais. Esses são tão malfeitores quanto os traficantes de drogas. E, finalmente, há quem, como eu e muitos, consideram que o ateísmo e o ideal anarquista são a melhor forma de levar a humanidade à plenitude da civilização com a obtenção da paz, da fraternidade, da alegria, da justiça, da prosperidade e da felicidade. Todavia não se pode considerar que, pelo fato de assim se considerar que seja (ou qualquer outra consideração que se tenha, por exemplo, a cristã), esteja-se garantido de ser o dono da verdade e adotar, em relação às demais concepções (exceto as nocivas mesmo) uma atitude de desdém, de contrafação, de desprezo, de repugnância, de repúdio, de condenação. Jamais se poderá ter certeza de que a ideologia que se adota seja a verdadeira. O que se pode é estar plenamente convencido de que assim o seja e buscar convencer os outros desse fato. Isso é um direito que assiste a todos. O proselitismo ideológico e religioso tem que ser livre em uma sociedade franca e aberta. Ninguém pode ser proibido de pregar o seu credo, desde que não aja no sentido de prejudicar ninguém com isso. Então o que vai decidir são os argumentos e a capacidade de convencimento de cada propagandista. Para aceitar esta postura o que é preciso é, simplesmente, ter uma atitude filosófica a respeito de tudo, ser um livre pensador, um cético, uma libertário. Um libertário jamais poderá não aceitar que alguém não seja libertário. Isso é uma questão de muita reflexão sobre o assunto.
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