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quarta-feira, 8 de junho de 2016
Ernesto, você acha que a partir do momento em que uma pessoa contrata "empregados" para fazer os serviços de sua casa para ela, esta, estará contribuindo para a desigualdades social? Ao invés de todos da família estarem distribuindo as tarefas e fazendo todos juntos, contratar alguém para fazê-lo? 15/10/2015
Realmente não concordo com a existência de empregados domésticos para a feitura de serviços de manutenção do lar. Acho que são os próprios moradores da casa que devem fazê-lo. Todos, inclusive as crianças, tios, avós, além dos pais e das mães. Alguém poderia argumentar que admitir trabalhadores domésticos seria uma forma de distribuição de renda pois, não os havendo, poderia ser mais difícil que eles encontrassem fontes de renda honesta. Acho que isso pode ser feito de outra forma. Basta que as pessoas se disponham a ganhar menos, trabalhando uma jornada de menos tempo, que surgirão vagas de trabalho em todas as atividades. Por exemplo, se o sistema de jornada de trabalho de oito horas for extinto e passar para seis horas, haverá um surgimento imenso de postos de trabalho para compensar. Assim, em cada casa, as pessoas só trabalhariam para ganhar dinheiro em um turno, deixando o outro para os serviços domésticos. O dia seria dividido em quatro períodos: um para ganhar dinheiro, um para os serviços domésticos, uma para o lazer e o último para dormir. Em cada residência se faria um sistema de rodízios de serviços, distribuídos por todos. O ideal seria, inclusive, que as residências não fossem monofamiliares e sim plurifamiliares, o que reduziria tremendamente o volume de serviços domésticos. Essas famílias poderiam, inclusive, ser plurigâmicas. Isso por ora, enquanto ainda houver dinheiro no mundo.
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