sexta-feira, 15 de setembro de 2017

O patriotismo, nacionalismo, ufanismo, essas coisas que colocam o país natal acima dos outros são importantes ou são um amontoado de idiotices que apenas contribuem para adiar a derrubada das fronteiras entre os povos? Muros que nos impedem de enxergar um estrangeiro como irmão?

São um amontoado de idiotices. Não somos brasileiros, franceses, árabes, chineses, australianos, nigerianos. Somos terráqueos apenas. O mundo e um só. As fronteiras têm que ser abolidas, mesmo que, por enquanto, os governos continuem a existir. Mas, para o futuro (de séculos) os governos também têm que ser abolidos. Isso não significa que as culturas dos diversos lugares tenham que ser extintas. Nem as línguas. O que tem que acabar é a concepção de que somos melhores do que qualquer outro lugar e de que temos que agir em nosso benefício, prejudicando outros. Isso é que é o erro do patriotismo e do nacionalismo. O importante é a colaboração, a solidariedade, o compartilhamento. Claro que acompanhado da abolição da ganância, dos golpes, da esperteza (no sentido de prejudicar alguém), da desonestidade, de toda injustiça e assim por diante. Isso é perfeitamente possível, exatamente, por um processo educativo de erradicação de preconceitos e intolerâncias, raciais, religiosas, culturais, de gênero e qualquer outra. Em suma, a humanidade tem que se tornar civilizada de verdade. Isso é possível, mesmo que leve vários séculos. E mais: é o que vem acontecendo. Compare-se o mundo de hoje com o mundo de mil, dois mil, três mil ou quatro mil anos atrás. Então projete esse progresso para daqui a mil, dois mil, três mil ou quatro mil anos à frente.

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