segunda-feira, 25 de abril de 2011

Engraçado como os religiosos tratam fé com ambivalência; algumas vezes é boa (você não tem fé o suficiente no seu coração); e quando lhes é conveniente, fé torna-se pueril, e.g: Não tenho fé suficiente para ser ateu.

Sim, este é o problema. Para mim, fé, seja em que for, não tem cabimento nenhum. Fé é uma crença não justificada, inteiramente gratuita. Crenças, não há como evitar, pois não conseguimos ter certeza de tudo. Mas é preciso que as crenças sejam justificadas, pelo menos, por fortes indícios de sua veracidade. E, sempre, de forma provisória, apenas enquanto não se obtenham evidências ou comprovações de que sejam corretas ou falsas. Neste último caso as abandonamos e no primeiro, deixam de ser crenças e passam a ser saberes, isto é, conhecimentos estabelecidos. É comum crentes valorizarem exatamente a crença sem fundamento, isto é, a fé. Trata-se de uma completa imbecilidade. Mas, às vezes, quando lhes é conveniente, como você citou, a desdenham. Infelizmente alguns céticos e ateus também cometem o mesmo pecado.

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