sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Ernesto, além de inútil, você acha que o desporto pode ser nefasto também? Porque fomenta uma atmosfera de disputa, competição e rivalidade. Se concorda, o que pensa de, por objeção de consciência, pessoas contrárias àqueles valores se recusarem a (cont.)

por exemplo, participar das aulas de Educação Física (as quais são obrigatórias pelo Estado), seria isso uma ‘ação direta’? Você, como educador, qual sua opinião? Realmente eu acho que esportes (ou desportos, que são esportes disputados com regulamentação) que envolvam competição são nefastos pelos motivos que você elencou: criam um espírito de disputa, rivalidade e competição. Promovem a união e a cooperação apenas dentro do próprio time, mas não com outros, considerados adversários, se não mesmo, inimigos. Mas o cultivo físico do corpo é uma coisa boa. Assim, as aulas de Educação Física são muito importantes e deveriam ser diárias. Mas não com a prática de esportes. O que a pessoa tem que vencer são suas próprias limitações e não um adversário. Quem se recusar a praticar esportes por razões de consciência, para mim, está completamente legitimado e pode, até mesmo, exigir que, para essa pessoa, as aulas não sejam de práticas esportivas. Aliás, eu mesmo, quando aluno do ginásio e do científico, fazia ginástica mas não praticava esportes. Eles não eram obrigatórios. Quem não quisesse fazia ginástica na aula. Sempre detestei esporte, exceto quando não envolvam competição, como alpinismo e montanhismo. Note que a pessoa não pode se recusar a fazer Educação Física, mas pode se recusar a praticar esportes.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails