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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Professor, quando pensamos, pensamos em uma determinada língua. Mas e os bebês, que não conhecem língua alguma, como pensam? Acho que eles não raciocinam. Não pesquisei, é só uma suposição... Mas então, se for isso mesmo, quando eles começam a raciocinar? Ouriço
Nós não pensamos em língua nenhuma. A língua só é usada para expressar o pensamento. Pensamos diretamente com imagens pictóricas e representações sensoriais internas dos conceitos em termos de seus significados sem os significantes. Bebês, surdos-mudos, e animais que não falam expressam o pensamento por gestos, choro, riso, grunhidos, latidos, miados relinchos etc. sem uso de linguagem articulada. Mesmo quem sabe falar uma língua, na maior parte, pensa sem usar palavras. Observe você mesmo. Quase tudo o que você faz, como levantar da cadeira, digitar o teclado, coçar a cabeça você faz sem usar nenhum pensamento verbalizado para tal. Mas você pensa, você analisa, você decide. Você raciocina sem palavras. As palavras ajudam, e muito. Mas, quantas vezes você sabe o que quer dizer e não acha a palavra? Você está com a ideia, sabe o que significa, pensa nela e não lhe atribui uma palavra correspondente. Quantas vezes você fica buscando que palavra vai expressar o que você está pensando? Em verdade há dois fluxos paralelos em sua mente. O do pensamento e raciocínio e o que faz a correspondência com as palavras. Um e outro se retroalimentam, mas o pensamento é mais veloz do que as palavras. Não só palavras, mas outros signos também. Um matemático consegue demonstrar um teorema "por intuição" e depois é que fica buscando as expressões simbólicas para representar o que ele concluiu. Ele "pensou sem palavras". Mas para comunicar ele tem que usar os signos matemáticos.
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