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domingo, 19 de janeiro de 2014
Se a moral pessoal não existisse, a sociedade viveria estagnada nos mesmos valores, não?
Não acho que haja correlação. Se a moral (social) não existisse, a sociedade não teria padrões de comportamento, tudo sendo permitido e nada proibido. Então, para mim, não haveriam valores. O que é errado não é haver alguma moral, mas sim que certas morais não são conformes à ética. Assim permitem não o que seja certo, bom e justo e proibem não o que seja errado, mau e injusto, mas o que os que tiveram poder suficiente para estabelecê-las consideraram que lhes fosse vantajoso que a população seguisse. Valores que realmente assim o sejam são estagnados mesmo, pois representam o que se deve cultivar para benefício genérico da humanidade. Isso não muda com as considerações sociais de tal ou qual cultura, em certa época, lugar e nem com o estrato social. São valores intrínsecos da humanidade em sua essência. Valores relativos ao contexto são de menor importância e não são cogitados pela ética, apesar da moral, em alguns casos, poder cuidar deles. Por exemplo, a nudez pública é imoral em nosso contexto. Mas não é antiética e nem é um valor humano universal que seja evitada. Quanto ao fato de ser pessoal, não existe mesmo. Se alguém considerar que algo seja certo, e isso seja considerado imoral, não se trata de uma moral pessoal dele. Ele até pode estar certo mesmo, que continua sendo imoral. Ele até pode transgredir a moral em desobediência, por estar convicto de que esta certo, que continua sendo imoral. A moral não diz o que é certo e o que é errado e sim o que é permitido e o que é proibido. A ética é que diz o que é certo e o que é errado. Nem sempre a moral é ética. Quando não for, é mister que se contrarie a moral, para fazer com que mude e se adeque à ética. Mas quem o fizer tem que ter a disposição de sofrer represália social e, até, de ser morto. Pois a sociedade costuma ser mais rígida em relação à moral do que à ética.
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