sexta-feira, 11 de julho de 2014

Adrian Leverkuhn é um personagem de uma obra. Ele tenta criar um estilo totalmente livre de harmonia ontológica, e acaba criando o dodecafonismo, que é meio que uma anti-música estéril. Similarmente, suas conclusões são anti-ontológicas ao extremo: você não parece capaz de fazer uma fenomenologia de‎

Não acho que o dodecafonismo seja estéril. Mesmo com suas regras rígidas ele possui um imenso número de possibilidades que se pode calcular por análise combinatória das possibilidades de combinações das doze notas cromáticas, além de todas as possibilidades das figuras de tempo, bem como das modulações de força, de legato, stacatto. Isso não é esterilidade. Esse "suas" que você está dizendo se refere às conclusões do Leverkuhn ou às minhas? Se forem às minhas gostaria que as apontasse. Por outro lado, é preciso que se diga que a ontologia não é tudo na filosofia. Ela é, simplesmente, o estudo da categorização dos seres e de suas propriedades, bem como de seu estado (existência ou inexistência) e da suas relações de pertinência ou não a dadas categorias. Para além da ontologia, há a fenomenologia, que cuida das ocorrências que se dão com os seres. Há, também a epistemologia, que busca validar o conhecimento que se tem disso tudo. A própria metafísica não se resume à ontologia. Uma frase ficou incompleta em sua pergunta. De que você diz que eu não sou capaz?

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