sexta-feira, 11 de julho de 2014

Então a melhor forma de compreender o amor de uma mãe por um filho seria analisando partículas elementares?

Não. Reducionismo não significa isso. Significa que o amor acontece porque existem quarks e léptons que interagem. Sem eles não existiriam átomos. Sem átomos não existiriam moléculas, Sem moléculas não existiriam corpos. Sem corpos não existiria vida. Sem vida não existiria mente. Sem mente não existiriam sentimentos. Sem sentimentos não existiria amor. É isso. Realmente o amor pode, teoricamente, ser investigado para trás até chegar ás interações entre subparticulas elementares que o produzem. Mas esse trabalho é sumamente difícil e, tão cedo, não se logrará consegui-lo. Então as explicações ficam restritas aos estratos da realidade em que se dão. Isto é, o amor é explicado dentro do contexto de sentimentos, que são fatos psíquicos. Não se conseguir explanar todos os fatos psíquicos em termos neurológicos, não significa que não sejam. E os neurológicos são bioquímicos e biofísicos. Portanto o psiquismo, em última análise, é físico e químico. Não há escapatória para isso. Todavia não é preciso, sempre, se levar a redução às últimas consequências. Mas isso será obtido, algum dia.

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