domingo, 13 de julho de 2014

Sobre a religião: O senhor não acha que ela pode ajudar? Ela pode fechar uma "porta" e forçar a ciência ir em busca de outras formas para conseguir resolver alguns problemas, como o exemplo das células troncos. O que o senhor acha?‎

Não acho que ajuda não. Qual o problema das células troncos? Elas são solução e não problema. A proibição religiosa de pesquisa disso é um tremendo atraso. Acho que as portas que a religião pretende fechar, por serem portas para novidades que contrariem os seus dogmas, são portas que precisam ser abertas. Não se pode estabelecer nenhum cerceamento ao conhecimento, não importa para que possa ser usado. O que se tem que cercear é o seu uso para o mal. Mas isso é um problema ético. Não é científico e nem religioso. Todavia, o fato de que algo possa ser usado para o mal não pode impedir que seja estudado. Claro que esse estudo tem que ser feito com procedimentos éticos. Mas as religiões possuem uma moral que, nem sempre, é ética. As religiões se apossaram da moral como se fosse construto delas e incluíram proibições, prescrições e permissões extras, muitas vezes à revelia da ética, para atender a seus desígnios doutrinários. Isso desfigurou a moral de seu caráter humanista. Em verdade, o que as religiões consideram como prescrições das divindades é, tão somente, o desejo dos grupos dominantes que as controlam. Não que seja sempre mau, mas, às vezes, é.

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