sexta-feira, 18 de julho de 2014

Ernesto, hoje em uma conversa com meu professor de filosofia, ele me disse que o poliamor não existe, que não é possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Eu não tive paciência de [tentar] discutir com ele, pois ele não debate com ninguém, ele simplesmente impõe. O que me diz a respeito?

Duas coisas: Ele está equivocado em seus conceitos e está errado em sua atitude. Como filósofo (e um professor de filosofia tem que ser um filósofo), ele precisa estar aberto a todas as possibilidades de opiniões, bem como a ser contestado pelos alunos, que têm que ser respeitados nas discordâncias e, ou convencidos de seus erros por argumentos ou acatados com a mudança do modo de pensar do professor, aceitando as ponderações sobre os seus próprios erros. Quanto ao poliamor, isso é perfeitamente possível e não é incomum, sendo vivenciado por muita gente e objeto, inclusive, de muitas obras literárias e, mesmo, de letras de músicas. A imposição social de univocidade relacional, com a decorrente necessidade de escolha e rejeição da vivência de outros amores em favorecimento de um único, é fonte de muita tristeza para muita gente. Isso é facilmente constatado pelo relato de muitas pessoas.

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